domingo, fevereiro 17

Nothing would be the same if you did not exist

Hoje não me sais-te da cabeça, aliás nunca o fizeste, mas há sempre aquele dia em que sais das mais profundezas do meu pensamento e mostras-te, e como se nada fosse, fazes-me perceber que nada mudou.
Eu não mudei, tu também não o fizeste, continuamos como se nada passa-se por nós como se um coração partido não deixa-se marcas, como se não tivéssemos deixado marcas um no outro. Olho para ti, e conheço todas as expressões, acredita que preferia estar a escrever sobre o quanto mudas-te mas a verdade é que se o fizeste não o mostras, provavelmente porque sempre te conheci demasiado bem para achar que mudaste agora.
Sentir saudades de seres um dos meus melhores amigos, acima de tudo a maior saudade é essa acredita, agora és como um conhecido, alias, um muito muito muito muito bem conhecido, mas que ninguem vê isso .. Secalhar és tu que não o queres, e confesso, parte da culpa é minha, e nisto tudo provavelmente o que mais me custa é que a culpa é tão ou até mais minha que tua.
Marcaste-me sim, importas sim, podes não o notar mas quando falam no teu nome eu ainda presto atenção, quando sei que não estas nos teus melhores dias afecta-me por não poder fazer nada para o mudar, é um caminho que ambos o fizemos desta maneira. És muito de mim, e acredito profundamente que não o saibas, até porque pouca gente o sabe, e eu mesma tento guarda-lo o mais possível para que ninguém repare, nem mesmo eu, para que ninguém saiba que ainda olho para ti e que nesse momento o meu coração sorri e aprova tudo o que és, como sempre o fez. Talvez não o notes também, porque o mais provável é eu nunca ter sido para ti nada em comparação do que tu foste e ainda és para mim, uma pessoa que eu amei com todo o sentido da palavra, feliz ou infelizmente.
Não soube lutar, se calhar por feridas antigas, por desilusões, se calhar se o tivesse feito teria terminado no mesmo resultado, mas pelo menos não me culparia tanto, percebes? E sei que dificilmente alguma vez vamos ser metade da metade que fomos, não o estou a pedir, juro, só que és tu quem pertence no grande espaço que existe em mim, que vai sarando aos poucos e poucos, mas não está totalmente sarado, se é que alguma vez vai estar.
Perdi principalmente um dos melhores amigos que alguma vez tive, uma pessoa extraordinaria para mim e isso doi, muito, mais que tudo.
O melhor do mundo para ti.

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